Preikestolen

Nesta angústia para acabar algo que não se acaba sozinho, o meu pensamento era qualquer coisa como “Vou morrer neste quarto” ou “mas quando é q esta porcaria se acaba” (estando eu a olhar para o PC na esperança que as letras aparecessem sem eu ter de carregar nas teclas, tal e qual como se alguém falasse comigo no messenger).

Eis que:
Michelle: Vamos a Stavanger, queres vir? Vamos ficar em casa de um amigo meu.
Clara: OK! Porque não?! (isto com um brilho nos olhos)
Stavanger, a quarta maior cidade da Noruega, engraçadinha de se ver (se bem que lembra muito Bergen). Mas o destino não era Stavanger, era Preikestolen.

Preikestolen é uma rocha numa montanha perto de Stavanger (espero não estar a enganar ninguém mas vocês não sabem :)).
Sair daqui sábado de manhã e voltar domingo à noite (mesmo a tempo de ver Portugal a passar aos quartos de final do campeonato do mundo). Chegadas a Stavanger foi passear na cidade e ver o jogo da argentina (onde eu tentava convencer um norueguês que a Holanda não ia estar nos quartos de final) e ir para casa porque o dia seguinte ameaçava ser longo.
Domingo: Acordar as 8 a manhã e, depois de uma horita de carro sempre rodeados por fjords, lá chegamos à montanha. Estava na hora de deixar o carro e começar a

Chegados lá é o que se pode ver.
Depois foi só vir para baixo. Nada de muito excitante para contar mas algo de muito bom para se fazer. Garanto-vos que se podem roer de inveja.
Ficam as fotos (as da viagem já por aí andam espanhadas)
(apesar de ser boas vindas, para nós foi a despedida. Dá para ver pelas caras cansadas, e pelo cabelo despenteado pelo vento.)

Sim, sou eu, mas atrás da máquina. Também há uma foto minha assim mas não tão boa. Esta dá para ver a maravilha de sitio.
Chegados a porto seguro (como quem diz, de volta a casa) fomos comer alguma coisa que bem mereciamos. Para verem bem o quão cansadas estávamos (Flo é uma rapariga francesa que foi comigo e com a Michelle):
Clara: Olha lá, quanto é 814 a dividir por 4?
Flo: ãh?
Clara: Quanto é 814 a dividir por 4?
Clara: Esquece, dá quase 204 a cada um.
Flo: Hey Clara, are you talking to me in Portuguese?
Exactamente, é mesmo isso, estava a falar com a pobre rapariga em português sem sequer me aperceber.

Cheguei morta mas ainda deu para ver o jogo de Portugal. Agora é voltar ao trabalho.
PIADA DA VIAGEM
Como já se anda a tornar habitual, em cada coisa destas que eu vos venho contar tem de haver a piada seleccionada. Não se esqueçam que são tudos piadas de circunstância (o que ainda é melhor, só mostra a qualidade do meu humor. Sai tudo espontaneamente):
Michelle: Hey, you’re tan!
Clara: No, I’m not! I’m 22!
(Estou a pensar abrir um passatempo que se intitulará de “onde está a piada”)